Tuesday, February 10, 2009

Sobre existir


Não gosto de falar das minhas lágrimas, por elas serem verdadeiras, por estarem sempre escondidas em algum cantinho da tristeza que eu sou hoje. Não gosto de expor, não gosto de revelar... Mas 2009 floresceu entre um milhão delas. Não cansam e não cessam. E me afogaram defnitivamente.
Pesadelo é uma palavra que eu não gosto... eu vivo a realidade, mas esta atualmente é pior do que um sonho ruim.Um fardo que nunca me abandona. Meu esforço é nada, é vão e inútil. Estou à sombra das piores perspectivas.
Mas o prisma amoroso que lanço sobre mim e o mundo, por mais que pareça inábil e sem préstimo, ainda segue como norte para qualquer movimento meu. Isso é inerente a mim, a minha postura e meu - pobre - caráter.
Não quero a piedade de ninguém. Meu caminho é custoso, árduo. Sempre foi e esta é a minha carga. Ela está sempre lá, às vezes imperceptível. Mas caminha comigo onde quer que eu esteja. Como bem definira Milan Kundera, é a insustentável leveza de ser, de existir... O meu fardo existencial, atenuado pelos últimos e indigestos fatos da minha curta história.
Mas continuar é uma necessidade. E eu continuo. Continuo existindo.