Sunday, July 22, 2007

Os devaneios noturnos do João antes de dormir (pobre caderninho de faculdade).


Olhando agora algumas fotos antigas, notei que meus dentes eram mais brancos. Os dois da frente ainda não haviam entortado.
Eu era mais magro também. Meu sorriso riscava um traço mais leve, menos inchado.
Meu brinco, os cabelos soltos e cumpridos, os braços lisos e, no rosto, nenhum sinal de barba por fazer. A doce irresponsabilidade e a presença sempre marcante de amigos ao redor.
Hoje, com o canudo nas mãos, diferentes perspectivas, outra aparência e círculo social, reparo mais nestas fotos. Sinto muita saudade, mas não peço que o tempo volte.
Assim, como se fosse num poema de Caeiro, aceito minha condição atual ternamente. Sinto-me feliz com os percausos e todas as dificuldades em me tornar adulto.
E de pensar nestas coisas, sinto-me ainda mais feliz por encarar tudo do modo como o venho fazendo.